Executor cobrou R$ 100 mil para matar o jornalista Décio Sá
Dessa quantia, Jonathan Sousa Silva, recebeu apenas
R$ 20 mil que foi entregue por Júnior Bolinha.
Postado por Imirante
13/06/2012 16h02 - Atualizado em 13/06/2012 17h07
Foto: Ingrid Assis/Imirante
SÃO LUÍS -
Em coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (13), no auditório da
Secretaria de Segurança Pública, o secretário Aluísio Mendes deu detalhes sobre
a investigação que levou à elucidação do assassinato do jornalista Décio
Sá.
Segundo a
polícia, o executor cobrou R$ 100 mil para matar o jornalista, mas desse valor
só teria recebido R$ 20 mil, motivo pelo qual Jonathan Sousa Silva, 24 anos,
teria voltado à São Luís para tentar receber o restante do dinheiro. A motivação
do crime teria sido uma postagem no blog do jornalista sobre o assassinato do
empresário Fábio Brasil, ocorrida em Teresina, no Piauí.
De acordo
com o Aluísio Mendes, foi montado um consórcio formado por empresários com a
participação de seus assessores e do subcomandante do Batalhão de Choque da
Polícia Militar do Maranhão, capitão Fábio Aurélio Saraiva Silva.
Antes do
início da coletiva, os envolvidos no assassinato do jornalista foram
apresentados a impresa. Jhonatan de Sousa Silva, 24 anos, apontado como
executor do crime. Ele foi preso em São Luís, no bairro Turú, José de Alencar
Miranda Carvalho, 72 anos, preso em uma casa no Calhau, Glaucio Alencar, 34
anos, preso em um prédio no bairro Ponta do Farol, Airton Martins Monrroe, 24
anos, preso no Terminal de Integração do São Cristovão, José Raimundo Chaves
Junior, o Bolinha, 38 anos, preso no Jardim Eldorado, Fábio Aurélio do Lago e
Silva, 32 anos o Bochecha, preso na Chácara Brasil, o capitão Fábio Aurélio
Saraiva Silva, o subcomandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar do
Maranhão.
A 'Operação
detonando' como foi batizada previa o cumprimento de oito mandados de prisão,
desses apenas um ainda não foi cumprido. "Existe um mandado de prisão que
ainda não foi cumprido. Essa pessoa foi identificada como sendo o condutor da
motocicleta. Ele já foi identificado e sabemos a região da cidade onde ele
está. Nossas equipes estão trabalhando no intuito de prendê-lo." afirmou o
secretário de Segurança Pública Aluísio Mendes.
Ainda
segundo o secretário os carros, documentos, cheques e notas de empenho de
prefeituras maranhenses que foram apreendidos estão sendo periciados.
A família do
jornalista também acompanhou a coletiva. Uma irmã de Décio Sá, ficou muito
emocionada no momento que os suspeitos foram apresentados e aos gritos de
"assassino" ela pedia justiça.
Investigação
está apenas começando
A
delegada-geral da Polícia Civil, Cristina Meneses informou que a investigação
está apenas começando. Segundo a polícia o consórcio que planejou a morte de
Décio era uma organização criminosa que agia em vários ramos da sociedade
maranhense. "As investigações começaram no assassinato do Décio Sá, mas
agora vão continuar até essa quadrilha ser completamente desbaratada",
afirmou a delegada.
Aluísio
Mendes informou que existem outras pessoas que fazem parte dessa investigação
que ainda vão ser presas. "Pedimos a prisão de todos os que tínhamos
indícios fortes. Mas vamos identificar outras pessoas. Outras pessoas
envolvidas na organização criminosa. A investigação continua", afirou.
A assinatura
Segundo a
polícia, Jonathan Sousa Silva informou que já praticou pelo menos 20
homicídios. "Ele tinha uma caracteística nos crimes que cometia, uma
espécie de assinatura. Todas as suas vítimas eram assassinadas com um dois
tiros na cabeça e dois no tórax", informou Marcos Afonso Júnior,
delegado-geral adjunto da Polícia Civil.